
Na hora de o turista brasileiro decidir o destino de sua
próxima viagem dentro do próprio país há pelo menos duas preocupações que podem
pesar e, muito, na escolha do local a ser visitado: a hospitalidade e as
condições socioeconômicas. Além disso, o custo pode levar à mudança para um
roteiro internacional.
É o que aponta a pesquisa Perfil do Turista e dos Segmentos de Oferta - Percepções e Comportamentos, encomendada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Confederação Nacional do Turismo (CNTur) à empresa de consultoria Decide Projetos & Consultoria Ltda. Esse trabalho faz parte do projeto Fortalecimento da Gestão das Micro e Pequenas Empresas do Turismo Brasileiro ao qual estão cadastradas l,2 mil companhias.
É o que aponta a pesquisa Perfil do Turista e dos Segmentos de Oferta - Percepções e Comportamentos, encomendada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Confederação Nacional do Turismo (CNTur) à empresa de consultoria Decide Projetos & Consultoria Ltda. Esse trabalho faz parte do projeto Fortalecimento da Gestão das Micro e Pequenas Empresas do Turismo Brasileiro ao qual estão cadastradas l,2 mil companhias.
O
levantamento foi feito no período de 9 de agosto a 29 de setembro do ano
passado, quando foram ouvidas 100 pessoas de ambos os sexos das mais variadas
idades das classes C e B em cinco localidades: Brasília, São Paulo, Belém,
Porto Alegre e Salvador.
A
escolha do Nordeste foi apontada como favorável o contato com o sol, a praia e
a boa hospitalidade da população. Mas muitos classificaram como desagradável
estar diante das desigualdades sociais em um momento de lazer.
Já que
no refere ao Sul do país, a pesquisa mostrou que o turista vê com simpatia a
possibilidade de desfrutar do clima frio e, eventualmente, do cenário de neve
bem como de cidades limpas e organizadas. Também foi destaque a alta
expectativa em torno da qualidade de serviços a serem encontrados nessa região.
No entanto, ficou evidente o ponto negativo da 'pouca hospitalidade e
receptividade da população', ao que foi atribuído à influência das culturas
europeias.
No
Sudeste, entre as preferências estão a culinária mineira e a diversidade de
oferta sobre o que fazer, na capital paulista. Quanto ao Norte do país,
prevaleceu a vinculação dessa localidade com a exuberante natureza da Amazônia
e de aspectos exóticos como a população indígena. A ressalva é a de se estar
sujeito ao cansaço e a estresse pela falta de infraestrutura e dificuldade de
locomoção.
O
levantamento mostrou ainda que existem nichos a serem explorados nos mais
variados segmentos que inclui entre outros o ecoturismo e turismo de aventura;
cultural; religioso; turismo de estudos e intercâmbios e rural.
De
acordo com a responsável pela pesquisa, Luciana Thomé, entre os desafios do
setor está o de reduzir os custos para diminuir os preços sob pena de as
empresas perderem clientes para opções mais baratas fora do país. Para o
presidente da CNTur, Nelson de Abreu Pinto, a pesquisa deve auxiliar os
empresários a tomar decisões de investimentos nesse momento que antecede à Copa
do Mundo, em 2014 e, às Olimpíadas, em 2016.
Dados
do CNTur indicam que o setor tem em torno de 2 milhões de empresas com uma
participação de 3,6% no Produto Interno Bruto (PIB) e obteve um faturamento, em
2011, de R$ 127 bilhões. Apesar disso, conforme os dados, enquanto o Brasil
recebe 5 milhões de turistas estrangeiros, na Ucrânia, esse número é mais de
quatro vezes maior, atingindo os 21 milhões.
"Os empresários do Espírito Santo se queixam das baixas taxas de ocupação e a falta de marketing do Estado, no entanto, como podemos verificar nesta pesquisa a hospitalidade e as condições sócio-econômicas são os fatores que mais pesam na escolha do destino. É preciso rever nossa hospitalidade, que seja desde o sistema viário e sua logística quanto a definição de quais turistas que queremos receber. A hospitalidade pode ser enfrentada com capacitações mas o empresário tem que adequar suas tarifas aos seus clientes, sob a ameça de outros destinos altamente competitivos."
Moacir Durães
Agência Brasil - 11/07/2012 - 8:47min.