A (in) Gestão do Turismo...
Aos
abnegados turismólogos, além de exaltar o trabalho de muitos, desejo aqui neste
dia especial, muito sucesso nesta profissão que abraçaram para suas vidas...
E
baseado na minha ignorância de vida (em que cada dia aprendo mais a discernir
os fatos) e nas pesquisas, tenho percebido o quanto não atentamos para o art.
180 da Constituição Brasileira, onde se destaca que: “A União, os Estados, o
Distrito Federal e os municípios promoverão e incentivarão o turismo como fator
de desenvolvimento econômico e social”.
É
fato, mas quando lemos este artigo, no leva a crer que a responsabilidade da
atividade do turismo, no aspecto acima, está meramente restrita às ações
públicas em suas políticas de Estado. E aí entra a questão da “Coisa Pública”
que em sua definição exprime que: Res
publica é uma expressão latina que significa literalmente "coisa do
povo” é a origem da palavra república. "Coisa pública" é o termo
normalmente se refere a uma coisa que não é considerada propriedade privada,
mas a qual é, em vez disso, mantida em conjunto por muitas pessoas.
E
inspirado no legal e no conceito seria interessante levantar uma reflexão sobre
a atividade econômica e social do turismo capixaba. Será que não chegou a hora
de reavaliarmos nossos olhares para as questões nos apresentadas de forma
horizontalizada? Será que não chegou o momento de observarmos e percebermos com
uma visão Azymuth (visão espacial - de cima para baixo) sobre tudo que acontece
à nossa volta.
Vemos
instituições representativas de seus variados segmentos e que se tem acento nas
cadeiras de conselhos estadual e municipais, com poder de decisão nas demandas
apresentadas e que ao invés de levarem soluções apresentam problemas, como se a
atividade global não fosse responsabilidade dos mesmos? Sentam-se à mesma mesa,
mas após a assembleia, não articulam em seus negócios, à exceção é claro, de
alguns.
É
notório que participam efetivamente na elaboração de planos, programas e
projetos de política pública, mas que os planejamentos próprios não estão
casados ou interagidos com o do poder público e aí se incluem os orçamentos de
suas próprias atividades. Mister se faz a integração desses agentes de forma
cooperativa. E claro, cabendo ao Estado a garantia de recursos à infraestrutura
necessária.
Será
que nossas pesquisas não merecem serem revistas para que avaliemos o
comportamento do cidadão (o autóctone ou o da região em que se expressa) do
entorno dos atrativos, afinal, o grau de satisfação elevado e da autoestima
fará compreender os ajustes necessários para melhor receber. É dito que a
estadia do turista é motivo de decisão própria, de sair de sua rotina e buscar
destinos que atenda suas expectativas e o façam recarregar as energias, então
seu grau de satisfação será sempre superior ao desejado. Enquanto isso, o que
vive o dia a dia no destino, é que tem capacidade de avaliar melhor todos os
serviços durante todo o ano.
Enfim,
se esta percepção não refletir na hospitalidade, como seremos competitivos
neste país onde o novo Mapa do Turismo Brasileiro apresenta novos destinos e
alguns até com uma atenção especial do Ministério do Turismo.
É
nestas observações em que vejo gestores municipais exaltarem nas mídias a
quantidade de público presente em eventos promovidos e não se concentram na importância
do capital que circulou e nos efeitos que foram provocados naquele território.
Não existe a intenção de avaliar a exploração dos cinco (5) sentidos sensoriais
do ser humano: visão, audição, olfato, paladar e tato para que possamos
interpretar suas expectativas e anseios.
Espero
que nestas eleições, surjam novos valores e conceitos para que possamos
enxergar o turismo de forma proativa assim como estabelece o art. 180 da CB e a
complexidade que a atividade do turismo exige.
Feliz
Dia Mundial do Turismo!!!
Abraço
a todos!!!