terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Carta de Vitória - Em Prol da Paisagem da Região Metropolitana da Grande Vitória

A capital do Espírito Santo, Vitória sendo vista do Morro do Moreno em Vila Velha-ES

Por ação inédita no Estado do Espírito Santo de algumas gladiadoras de idéias (Dores do Incaper e da turismóloga Berenice Tavares) eis que surge uma proposição do olhar para o nosso comum, que é belo e encantador, e que na maioria das vezes não nos atentamos para nossas paisagens capixabas... O trabalho incansável em que resultou nesta carta, espera-se ao menos, dos que poderão se envolver, um novo enxergar e não somente olhar para a nossa querida terra. Para isso precisamos despertar para esta íntegra: 

Carta de Vitória - Em Prol da Paisagem da Região Metropolitana da Grande Vitória

Esta carta foi redigida por um grupo de 30 profissionais de diversas entidades, e presentantes dos Poderes Públicos Municipais, Estadual, Federal e da Sociedade Civil, que participaram da segunda edição do curso “Estudo e Análise de Paisagem e sua Interface com o Paisagismo”, realizado no período de 05 a 09 de Dezembro de 2011, na cidade de Vitória-ES.

O evento, uma promoção da Secretaria Estadual de Turismo do Espírito Santo SETUR), com apoio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), Prefeitura Municipal de Vitória (PMV) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), proporcionou o segundo debate transdisciplinar sistematizado sobre a paisagem capixaba, do qual resultou a criação deste documento como objeto de proposições.

Tal como em sua primeira edição, assim descrito na Carta Capixaba da Paisagem/Carta de Venda Nova do Imigrante – Março de 2011, o curso realizado em Vitória também “teve como objetivo a valorização e incorporação de novos conceitos de paisagem como pressupostos para o desenvolvimento sustentável local, regional e estadual, com foco humanístico multidimensional e possibilidades de gerar processos de agregação de valores às diversas paisagens” da região metropolitana da Grande Vitória, formada pelos municípios de Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória.

Para efeito deste documento, adotou-se a definição de paisagem disposta na Carta de Bagé ou Carta da Paisagem Cultural, que se fundamenta na Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, e estabelece que o patrimônio cultural é formado por bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem as formas de expressão, os modos de criar, fazer e viver, as criações científicas, artísticas e tecnológicas, as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais, os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

A paisagem cultural é o meio natural ao qual o ser humano imprimiu as marcas de suas ações e formas de expressão, resultando em uma soma de todos os testemunhos frutos da interação do homem com a natureza e, reciprocamente, da natureza com homem, passíveis de leituras espaciais e temporais.

Diante do exposto e considerando-se:

·         Os conceitos e princípios constantes em documentos internacionais dos quais o Brasil é signatário, e nacionais relativos à proteção da paisagem, como a inclusão da categoria de Paisagem Cultural nas diretrizes operativas da Convenção do Patrimônio Mundial (1972), em 1992, e a Portaria IPHAN nº  127/2009, que estabelece a chancela da Paisagem Cultural Brasileira;

·         A Carta Capixaba da Paisagem/Carta de Venda Nova do Imigrante – Março de 2011, que faz considerações e recomendações relativas à identificação, valorização, preservação, proteção, divulgação e gestão das paisagens capixabas;

·         A existência de orientações sobre a paisagem em documentos jurídicos e recomendações para a proteção e gestão do patrimônio natural, histórico e cultural material e imaterial, no ordenamento do território local e cooperação intermunicipal;

·         O risco de degradação da paisagem e desaparecimento de elementos e marcos simbólicos da  identidade local, devido à rápida transformação do espaço;

·         O desequilíbrio entre a visão desenvolvimentista e a valorização e preservação da paisagem;

·         Que a paisagem, seja ela notável ou cotidiana, é um elemento importante na qualidade de vida das populações, tanto em áreas urbanas, quanto rurais;

·         Que a paisagem é importante para a formação, manutenção e fortalecimento de culturas locais e representa um componente fundamental do patrimônio cultural e natural, contribuindo para a consolidação da identidade capixaba;


Recomenda-se:


·         Elaborar e implementar políticas da paisagem nos âmbitos estadual e municipal, visando à sua proteção, gestão e ordenamento através da adoção das seguintes medidas específicas:

I – Sensibilização da sociedade civil, comunidade científica, organizações privadas e das autoridades públicas da importância da paisagem no seu contexto social, cultural e ambiental.

II – Promoção da formação de especialistas, técnicos e de cursos de extensão nas áreas de conhecimento, gestão e intervenção da paisagem.

III – Incentivo e fomento para pesquisa no âmbito da paisagem.

IV – Identificação das características e pressões sofridas pela paisagem de cada território, por meio de estudos e pesquisas, visando acompanhar tais transformações e garantir a preservação de seus elementos significativos.

      V – Inclusão, nos programas de educação, da temática da paisagem, de forma transversal, no currículo da educação básica e modalidades do ensino público e privado.

·         Inserir os instrumentos legais de controle e proteção da paisagem nas políticas de ordenamento do território, cultural, ambiental, agrícola, social e econômica, bem como em quaisquer outras políticas que possam impactar direta ou indiretamente na paisagem, de modo à regular sua ocupação, promovendo sua apropriação coletiva.

·         Ao COMDEVIT e às municipalidades, a criação de um grupo de trabalho multidisciplinar no âmbito da paisagem, visando à sua valorização, proteção, gestão e ordenamento.

·         Incentivar a participação popular nas deliberações sobre a paisagem.

·         Promover intercâmbio de conhecimentos e experiências, no âmbito da valorização, proteção e gestão da paisagem, entre as localidades.

·         Que o Poder Público estabeleça a integração das ações de intervenção nos espaços entre as empresas que prestarão estes serviços, objetivando a harmonização das paisagens.

E solicita-se:

·         O comprometimento do Governo do Estado do Espírito Santo, por meio dos Secretários de  Estado e Afins, e das Instituições Municipais e Federais para a implementação das recomendações contidas nesta carta.


Vitória, 09 de dezembro de 2011.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Municípios capixabas atentem para pleitear recursos no MTur.

Bem, o Ministério do Turismo já elencou os municípios de Vitória, Vila Velha, Guarapari, Anchieta, Serra, Aracruz, Linhares, São Mateus e Conceição da Barra para receberem recursos para investimentos. Estes estão numa distancia propícia da cidade do Rio de Janeiro. Então, gestores, mãos à obra para elaboração de projetos. A oportunidade está aí...


O Ministério do Turismo concluiu a definição de produtos e destinos turísticos próximos às 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Serão 88 produtos e 184 destinos brasileiros em municípios distantes até três horas (via terrestre) ou até duas horas (via aérea) dos palcos do Mundial. A ideia é incentivar o visitante a conhecer os atrativos localizados no entorno das sedes, aumentando o fluxo turístico, a distribuição de renda e a geração de emprego.

"Nossos estudos indicam que cada estrangeiro realizará uma média de três viagens pelo Brasil durante o mês da Copa do Mundo. Traçamos uma estratégia para intensificar o fluxo de deslocamentos, beneficiando o maior número de municípios e distribuindo melhor a geração de emprego e renda", antecipa o ministro do Turismo, Gastão Vieira.

O trabalho foi apresentado para entidades representativas do mercado para agirem como multiplicares da iniciativa. Um total de 600 mil estrangeiros e 3 milhões de brasileiros deverão circular pelo Brasil no mês da Copa. Pela estimativa oficial, o País vai totalizar 7,8 milhões de viagens domésticas no período.

O estudo começou há três meses, quando técnicos do MTur e do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) promoveram uma oficina de trabalho para definir a matriz de seleção dos destinos e produtos.

“Vamos ampliar o ganho do Brasil com o megaevento de 2014. Queremos receber bem os turistas, apresentar nossos atrativos turísticos e incentivá-los a voltar ao País o mais brevemente possível", revelou Gastão Vieira.

Dos 88 produtos selecionados, 72 localizam-se num raio de 300 quilômetros das cidades-sede. Além do segmento sol e praia, a lista engloba: ecoturismo, aventura, esporte, cultura, negócios, eventos e gastronomia. O MTur trabalha, por meio do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamentos Turísticos, na definição de destinos prioritários e na segmentação do setor.

Os municípios selecionados terão preferência na destinação de recursos e no destaque da promoção oficial. Entre campanhas e convênios, o ministério estima investir R$ 70,5 milhões em 2012. Para a promoção internacional do turismo brasileiro, a expectativa é a de que a Embratur tenha R$ 139 milhões.


Região Sudeste
Acima de 300km

Cidade-sede
Destinos
Segmento
Produtos Turísticos
Distancia da sede
Outras informações













Rio de Janeiro
Vitória, Guarapari, Serra,
Anchieta, Vila Velha
Sol e Praia
Rota do Sol e da Moqueca
515 km do Rio de Janeiro
1h10de vôo

RIO/Vitória
Aracruz, Linhares, São
Mateus, Conceição da Barra
Sol e Praia
Rota do Verde e das Aguas
592 km do Rio de Janeiro
1h10de vôo

RIO/Vitória.

133 Km de
Vitória desde Linhares






terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A cada dez turistas brasileiros, apenas um viaja para o exterior



Setenta por cento das pessoas que fazem turismo fora do país também visitam o Brasil


O Ministério do Turismo, divulgou uma matéria fresquinha (29/12/2011), no final de ano: a de que o turismo interno está sendo amplamente difundido e visitado entre os brasileiros. É óbvio que com o crescimento da renda da Classe Média, permite que esses desejos possam se concretizados e na maioria das vezes para destinos bem próximos à área do entorno da residência do turista.

Bem, isso tem demonstrado que a competitividade entre os destinos tem se mostrado puljante para o aquecimento da economia local. A informação de que apenas 1 (um) entre 10 (dez) brasileiros deixem a casa natal para se integrar à outras culturas, o nosso Brasil está repleto de ofertas...

Então, gestores de turismo do meu Brasil varonil, atentem para as oportunidades que o mercado oferece...

Moacir Durães



Brasília, DF – Nos últimos três anos, o turismo doméstico ganhou força e importância na economia brasileira. Para cada dez brasileiros que fazem viagens domésticas, apenas um viaja para o exterior. Entre os que viajam para outros países, 70% também fazem viagens nacionais. Cerca de 30% do custo total da viagem internacional fica no Brasil, beneficiando principalmente empresas brasileiras dos segmentos de transporte aéreo, operadoras e agências de viagem. Os dados são do Departamento de Estudos e Pesquisas (Depes) do Ministério do Turismo.

Outro indicador de crescimento é a expansão do mercado consumidor de turismo, que aumentou 16% no país. O número de brasileiros que viajam saltou de 43 para 50 milhões de 2007 para 2010. A principal responsável pelo incremento foi a nova classe média. O número de viagens também cresceu: passou de 156 milhões, em 2007, para 186,5 milhões, em 2010.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para cada 100 empregos criados na hotelaria, outros 26 são criados na indústria, e a cada R$ 100 faturados pelo setor hoteleiro, outros R$ 76 são injetados na indústria brasileira.

Para o ministro do Turismo, Gastão Vieira, “a saudável competição de preços entre as empresas aéreas, a incorporação de consumidores à classe C, aliados ao crescimento da renda, crédito e emprego no Brasil, resultam em um crescimento efetivo das viagens turísticas, especialmente para dentro do Brasil”.

Segundo o diretor do Depes/MTur, José Francisco Salles Lopes, a expectativa para 2012 é que o turismo doméstico “tenha crescimento moderado, em razão da delicada conjuntura macroeconômica internacional”. Atualmente, o turismo doméstico responde por cerca de 85% do turismo brasileiro. Já a participação do setor turístico no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é de 3,6% (aproximadamente R$ 132 bilhões).


ASCOM