
Pesquisa encomendada pelo
Ministério do Turismo revela que 95,4% dos visitantes vindos do exterior têm
intenção de retornar
Brasília (DF) (17/10/12) –
Levantamento revela que nove entre 10 turistas estrangeiros pretendem voltar
para o Brasil. Estudo da Demanda Internacional no Brasil, encomendado pelo
Ministério do Turismo, em parceria com a Embratur, à Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (FIPE), mostra que a viagem para o Brasil superou a expectativa para
três de cada dez visitantes ouvidos.
Um total de 39 mil turistas foram
ouvidos em 16 aeroportos internacionais, que respondem por 99% do fluxo
internacional aéreo, e 11 portais terrestres. Os questionários foram aplicados
nos períodos de alta, baixa e média estações, para apurar os impactos da
sazonalidade no setor.
América do Sul (48,4%) e Europa
(29,8%) juntos são responsáveis por quase 80% dos visitantes que desembarcam no
Brasil. A Argentina figura no topo de países emissores, com 1.593.775 turistas,
seguida dos Estados Unidos (594.947). “Queremos atrair novos mercados como a
Rússia e China. A inovação na promoção dos destinos e atrativos é fundamental
para atingirmos nossos objetivos”, afirmou o ministro do Turismo, Gastão
Vieira.
De acordo com a pesquisa, a
internet é a principal fonte de informações sobre o turismo para 32,6% dos
viajantes. As páginas eletrônicas são a única fonte que registrou crescimento
continuado na série histórica desde 2005. O boca-a-boca aparece na segunda
colocação como fonte principal para 28,5% dos entrevistados.
MOTIVO:
O mapeamento do MTur revelou o
crescimento do turismo de negócios no Brasil.
Enquanto a modalidade sol e praia permaneceu estagnada, negócios,
eventos e convenções registrou crescimento de 9,8%. Dos 5,4 milhões de turistas
estrangeiros que desembarcaram no Brasil no último ano, 1,4 milhão vieram em
viagens comerciais. O lazer, no entanto, continua a representar a principal
motivação do visitante internacional, com 46,1%.
São Paulo figura no topo geral
das cidades que mais receberam estrangeiros, com 26,5% do total, seguida do Rio
de Janeiro (24,9%) e de Foz do Iguaçu (11,4%). Quando o motivo da viagem é
lazer, no entanto, os cariocas ultrapassam os paulistas. A cidade do Rio de
Janeiro responde por 26,7% de todos os 2,5 milhões de visitantes estrangeiros
que desembarcaram no Brasil à procura de lazer.
GASTO MÉDIO:
Quanto mais longa é a viagem, ou
seja, quanto maior a distância entre o país de origem e o Brasil, mais o
turista gasta em território nacional. Cada europeu deixa, em média, US$ 1.753
quando visita o Brasil. Em segundo, estão os americanos, com um gasto médio
individual de US$ 1.587. Para cara dólar deixado pelo europeu, o sul-americano
deixa US$ 0,38. O gasto médio de cada visitante da América do Sul é de US$ 659.
Dentre os vizinhos, os chilenos
são os que mais gastam, com a média de US$ 800, e os paraguaios são os que
menos deixam divisas no solo brasileiro (US$ 473). Quando o recorte é feito na
Europa, a Suíça responde pelo maior gasto per capita (US$ 2.015), seguida da
Itália (US$ 2.008).
TEMPO DA ESTADA:
O tempo de permanência também é
proporcional à distância percorrida até chegar ao Brasil. Quanto mais longa a
viagem, mais tempo os visitantes tendem a permanecer no país. Os turistas
europeus e norte-americanos ficam no mínimo duas vezes mais que os sul-americanos.
Os portugueses são os que mais tempo passam no país (31 dias) e os paraguaios
são os que menos tempo ficam (sete dias).
AVALIAÇÕES:
Os serviços brasileiros são, em
geral, bem avaliados pelos turistas estrangeiros. O povo continua a figurar no
topo de atrativos. Os itens melhor avaliados são a hospitalidade, que receberam
avaliação positiva de 97,6% dos entrevistados, e a gastronomia (95%). A
segurança pública (82,9% de avaliação positiva) registrou crescimento
continuado desde 2006 (76,8%).
Os preços são o item que recebe a
pior avaliação do visitante internacional. Para metade dos turistas os valores
praticados no Brasil são caros. As rodovias representam outro ponto de atenção:
68% deles consideram as estradas brasileiras positivas.
ESTUDO ESTRATÉGICO:
Além de quantificar o movimento
de turistas no país, detalhar o perfil socioeconômico do visitante e apresentar
as motivações de viagem, o estudo confirma quais são os meios de transporte e
hospedagem utilizados e o grau de fidelização ao destino Brasil. Também revela
a avaliação dos atrativos e infraestrutura turística nacionais, serviços
adquiridos pela internet e por meio de agência de viagem, entre outras
informações que permitem ampliar o conhecimento sobre a dinâmica e a evolução
do turismo internacional no Brasil.
O resultado subsidia a formulação
de políticas públicas, a definição de estratégias de promoção turística do país
no exterior e norteia decisões empresariais do setor. A base de dados do Estudo
da Demanda Internacional no Brasil foi coletada de janeiro a outubro de 2010. A
margem de erro média é de 5%. A série histórica foi iniciada em 2004.
OUTROS DADOS:
- A maioria dos turistas em visita ao Brasil (70,1%) não utilizou serviços de agências de viagem.
- Quase 70% dos turistas estrangeiros que visitam o Brasil têm ensino superior ou pós-graduação.
- A renda familiar do turista estrangeiro é de US$ 4,6 mil.
Fonte: Ministério do Turismo
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