Como havia comentado anteriormente, o repasse de informação neste contexto, é primordial para que entendamos a política nacional de turismo face as realidade que encontramos no dia a dia de nossas ações. O turismo aqui neste espaço continental, tem se sobressaído devido ao pioneirismo e investimentos de empreendedores privados, que exercitam o turismo como atividade econômica e que na maioria das vezes vê a política nacional longe das suas dinâmicas de decisão.
Fica claro que grande parte das dificuldades, recai sobre as atividades desenvolvidas na ponta, isto é no município. Vale ressaltar aqui que somente com o fortalecimento do Conselho Municipal e das Instâncias de Governança obteremos melhor compreensão dos resultados. Falta-nos, portanto, transformar dados em índices econômicos para que o turismo seja visto pelos gestores públicos como alternativa econômica em seus destinos, para que enfim não seja retratado como descontinuidade de gestores e lideranças.
Mas vejamos abaixo a avaliação dos Interlocutores Estaduais, isto é, os indicados pelas secretarias estaduais para disseminar o Programa Nacional de Regionalização do Turismo, nos seus destinos.
Na visão dos Interlocutores Estaduais do Programa de Regionalização do Turismo, os principais aspectos positivos do Programa estão associados:
- ao desenvolvimento regional;
- gestão compartilhada;
- foco no mercado;
- estratégias de apoio (Salão do Turismo) e visualização de resultados.
Já as dificuldades estão associadas à:
- Descontinuidade de gestão nos âmbitos municipal, regional e estadual;
- Desarticulação interna do Mtur;
- Escassez de recursos financeiros para implementação do Programa;
- Desarticulação dos destinos indutores com as regiões turísticas e instâncias de governança regionais;
- Fluxo de comunicação do MTur que desconsidera os Interlocutores e as instâncias regionais;
- Falta de integração dos Interlocutores;
- Pouca participação dos atores sociais e falta de envolvimento da iniciativa privada nas instâncias de governança regional.
No que tange aos aspectos positivos, percebe-se grande similaridade entre as opiniões dos Interlocutores Estaduais e dos membros da Câmara Temática de Regionalização. Os Interlocutores, por lidarem mais diretamente com a implementação do Programa nos Estados e regiões, conseguiram identificar dificuldades que os Conselheiros não conseguiram apontar entre os pontos negativos levantados.
Na visão dos Interlocutores Estaduais, os principais resultados do Programa de Regionalização estão associados à:
- Melhoria da governança nas regiões;
- Melhoria do capital humano;
- Maior destinação de recursos financeiros de emendas parlamentares para o turismo e aumento do fluxo interno de turistas.
Analisando-se as principais dificuldades identificadas nas macrorregiões, pode-se observar que, mesmo com algumas especificidades de cada região, no geral, as dificuldades são parecidas. As mais recorrentes são:
- Descontinuidade de gestores e lideranças;
- Escassez de recursos financeiros;
- Pouco envolvimento da iniciativa privada;
- Desarticulação entre as ações e áreas do MTur e
- Perda de foco do Programa a partir da criação dos 65 Destinos Indutores.
Fonte: Ministério do Turismo